Seguranças da multinacional Prosegur, que presta serviços à mineradora, esperaram o amanhecer, no domingo, para atacar mulheres, crianças e idosos do Acampamento Lagoa Nova Carajás, em Parauapebas (PA); eles tentavam instalar energia elétrica
Por Yago Sales, em De Olho nos Ruralistas
Vivian Oliveira, 39 anos, perdeu a consciência quando caiu ao ouvir os primeiros disparos de balas de borracha na noite de domingo (21) quando seguranças da empresa Prosegur, que presta serviços à mineradora Vale, com rostos encobertos e sem a identificação na farda, atiravam contra um grupo de camponeses do Acampamento Lagoa Nova Carajás, no município de Parauapebas (PA). Na tentativa de fugir, ela se jogou em um matagal, onde bateu a cabeça. Ela se lembra apenas — “tenho tumor no cérebro” — de gritos de crianças e idosos pedindo socorro enquanto três drones perseguiam quem fugisse. Caídos, agricultores eram chutados e agredidos com o cano das armas.
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