Indigena Kaingang cotista é espancado na UFRGS

Por Carlos Henrique Latuff

Na madrugada de sábado, dia 19, o estudante de veterinária Nerlei Fidelis, indígena Caingangue e cotista da UFRGS, foi agredido por um grupo de rapazes que, segundo testemunhas, seriam estudantes de engenharia daquela universidade e mais um estudante da PUCRS. A agressão se deu diante da moradia estudantil da UFRGS, no centro de Porto Alegre.

Segundo Nerlei, tudo aconteceu quando o grupo de rapazes começou a provocá-lo dizendo “o que estes indígenas estão fazendo aí”, o que gerou uma discussão e em seguida as agressões. Imagens da câmera de segurança da moradia mostram Nerlei, acompanhado de seu sobrinho, Catãi, sendo brutalmente espancado a socos e chutes, mesmo caído.

Por se tratar de um indígena, Nerlei foi encaminhado a Superintendência Regional da Polícia Federal no RS pelo advogado Onir Araujo, onde prestou queixa. Segundo Onir, é crescente a onda de violência racista praticada contra cotistas negros, indígenas e africanos. O Conselho Indigenista Missionário também acompanha o caso.

Violência contra cotista indígena da UFRGS em Porto Alegre

URGENTE! ESTUDANTE COTISTA INDÍGENA DA UFRGS É AGREDIDO EM PORTO ALEGRE!Na madrugada de sábado, dia 19, o estudante de veterinária Nerlei Fidelis, indígena Caingangue e cotista da UFRGS, foi agredido por um grupo de rapazes que, segundo testemunhas, seríam estudantes de engenharia daquela universidade e mais um estudante da PUCRS. A agressão se deu diante da moradia estudantil da UFRGS, no centro de Porto Alegre. Segundo Nerlei, tudo aconteceu quando o grupo de rapazes começou a provocá-lo dizendo "o que estes indígenas estão fazendo aí", o que gerou uma discussão e em seguida as agressões. Imagens da câmera de segurança da moradia mostram Nerlei, acompanhado de seu sobrinho, Catãi, sendo brutalmente espancado a socos e chutes, mesmo caído. Por se tratar de um indígena, Nerlei foi encaminhado a Superintendência Regional da Polícia Federal no RS pelo advogado Onir Araujo, onde prestou queixa. Segundo Onir, é crescente a onda de violência racista praticada contra cotistas negros, indígenas e africanos. O Conselho Indigenista Missionário também acompanha o caso.

Publicado por Carlos Henrique Latuff em Terça, 22 de março de 2016

Comments (7)

  1. Se o Estado continuar cedendo espaço para o nazismo, os nazistas continuarão avançando. Quando acordar, talvez seja tarde demais.

  2. UM ABSURDO, ESTES “ANIMAIS” DEVEM SER IDENTIFICADOS E EXPULSOS , PRESOS, E TUDO QUE A LEI , DETERMINAR. HOJE EM DIA NÃO SE ADMITE UMA COISA DESTAS.

  3. Lembramos a UFRGS,não é só minha,mas sim de todos nós cidadãos,ela estará sempre aberta a comunidade pois assim que ela se torna pública,vi as cenas de violencia,pois esses idiotas tem que serem punidos,pois afinal de contas agrediram um BRASILEIRO NATO PURO,pois quando descobriram esse país eles já estavam aqui ,cuidando e preservando a nossa riqueza,não devemos esquecer os índios são parte da nossa cultura também,pois eles tem os mesmos direitos que nós brasileiros temos.

  4. Fico triste com o que leio na nota, mas fico mais triste ao ler o comentário da KATE, que desabafa o seu cotidiano. Triste, me faz ter vergonha da cor da pele que tenho na atual situação. Meu temor é a pela pouca ressonância que estes casos tem de verdade.

  5. O motivo da agressão veio da pergunta ” o que estes índios estão fazendo aí?” Eu respondo, estamos estudando! estamos ocupando um espaço que também são de índios,mulatos,caboclos,negros! O indígena na universidade para além de uma ato educacional é um ato político!!! As medidas burocráticas estão sendo tomadas,o DCE e o coletivo indígena da UFRGS,estamos todos acompanhado o caso e tomando nossas providências igualmente.O racismo e genocídio indígena é uma realidade. Nos recusamos a morrer e desaparecer educadamente!!!!

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