O senador Telmário Mota (PDT-RR) comemorou a decisão do ministério de Minas e Energia de apoiar projeto de geração de energia eólica, solar e térmica na comunidade indígena de Maturuca, no município de Uiramutã, em Roraima.
Nada disso sairia do papel se os integrantes da comunidade de Maturuca e Pedra Branca não apoiassem a iniciativa, acrescentou o senador, ao lembrar que as comunidades indígenas, normalmente, são contrárias a esse tipo de iniciativa por acreditarem que gera prejuízos aos índios.
Segundo o senador, o projeto nasceu de uma parceria do Instituto Socioambiental (ISA) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e será importante para Roraima, que passa por um período de crise energética.
— E nós vamos ter pioneiramente a primeira energia eólica, solar na região norte e a primeira em comunidades indígenas. Com isso, nós estamos abrindo uma porteira imensa.
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Foto: Telmário Mota – Jefferson Rudy/Agência Senado
O termo de cooperação técnica para implantação de sistemas de Energia Eólica e Solar na TI Raposa Serra do Sol na verdade envolve o Conselho Indígena de Roraima (CIR), Instituto Socioambiental (ISA) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O senador Telmário, recém-chegado às hostes do indigenismo (???) já se manifestou contra a consulta aos Waimiri-Atroari na questão da passagem do Linhão de Tucuruí, e festejou a desistência do governo em criar o Parque Nacional do Lavrado (que seria o único a defender este bioma único no país).
Será apenas mais uma manifestação do tipo populista e demagógica do pseudo-senador indígena (que foi criado em uma fazenda na TI Raposa Serra do Sol, e nunca teve nenhum gesto de apoio durante a dura luta pela sua demarcação)?
Quando foi que os indígenas se posicionaram contra “energia limpa”?