Atingidos voltam a ocupar UHE Baixo Iguaçu no Paraná

No MAB

Após os episódios de repressão policial ocorridos na última sexta-feira (13), quando doze atingidos foram detidos pela PM sob a falsa acusação de furto, hoje (16) pela manhã, os atingidos pela UHE Baixo Iguaçu voltaram a ocupar o canteiro de obras da usina.

Segundo a coordenação do MAB na região, a mobilização foi motivada pelo descaso que o poder público, em especial o governo do Paraná, sobre as rédeas de Beto Richa, e o consórcio que controla a usina, tem tratado as famílias atingidas.

Em vídeo, atingidos desabafaram sobre o tratamento opressor sofrido pela PM na última sexta-feira, após a falsa acusação de terem furtado um rádio amador.

“Fomos humilhados pela PM. Não somos ladrões, somos trabalhadores”:

Segue a pauta completa de reivindicações das famílias atingidas pela UHE Baixo Iguaçu:

 – Retomada imediata das negociações com as empresas: Geração Céu Azul e Neoenergia/COPEL, além do governo do Estado, com imediata e efetiva garantia dos direitos dos atingidos. Presença também do órgão licenciador, IAP e responsabilização por eventuais falhas e/ou negligencias na fiscalização das condicionantes. Além disso, exigimos a presença do Ministério Público, da Assembléia Legislativa (ALEP), da Defensoria Pública do PR, da comissão de DH da ALEP e da OAB em todas as negociações.

– Audiência com governador do estado do Paraná Carlos Alberto Richa.

1) Áreas de terras para reassentamento para as famílias atingidas (conforme já discutido que sejam indicadas, imediatamente, bem como a garantia de enquadramento das famílias para além do valor das cartas de crédito);

2) Reajuste imediato dos preço das terras para indenização (conforme estudo oficial apresentado pela SEAB a defasagem dos valores apresentados pelo consórcio variam entre 23 e 30%);

3) Plano de Desenvolvimento (conforme reuniões e encaminhamentos que o estado do PR juntamente com o BNDES disponibilizem recursos para projeto de desenvolvimento regional, nas áreas de produção, industrialização, comercialização e assistência técnica, coordenado pelo MAB e Fórum das Entidades do Sudoeste);

4) Plano Urbanístico Marmelândia (conforme acordado em reuniões anteriores, que até o momento não tem nenhuma proposta concreta);

5) Não utilização da violência policial e do aparado do estado contra a manifestação, que é pacífica e legítima, haja visto o descaso e o desrespeito do consórcio em relação a garantia dos direitos das famílias atingidas.

A ocupação do canteiro de obras continua até que uma efetiva e concreta resposta a pauta de reivindicações seja apresentada.

Imagem: Reprodução do MAB.

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