O 7 Festival Internacional do Filme Etnográfico do Recife, inicia-se amanhã, terça feira dia 13 de setembro e será exibido, este ano, na Sala Multimídia da Caixa Cultural no Recife antigo. O FIFER inicia-se diariamente as 14 horas e a ultima sessão será finalizada as 21 horas. Serão exibidos nesta 7 Edição 58 filmes de diferentes estados e de diversos países em uma mostra competitiva (de 18 a 21 horas) com 17 filmes que concorrem a premiação. Os demais filmes fazem parte de quatro mostras paralelas organizados por temáticas de interesse antropológico e que retratam a expressividade da linguagem etnográfica e a atualidade das temáticas.
As mostras são as seguintes: a) Identidades e Tradições com filmes selecionados que mostram a vida das sociedades tradicionais expressando os mais variados aspectos da cultura; b) Cotidianos e a cidade reúne filmes que apresenta as novas formas de urbanidades numa linguagem simples e direta; c) Pessoas Vidas e Coletividades é uma mostra paralela que busca unir o que existe de comum nas relações humanas, enfatizando biografias de pessoas de interesse coletivo; e por ultimo a Mostra d) Outros Olhares que agrupa filmes que vieram de outros países como: Espanha, Portugal, França, Chile, Argentina, Irlanda, Eslovênia, Inglaterra, Turquia e Nepal. Esta mostra procura dar uma visão panorâmica do que se vem produzindo no campo da antropologia visual nesses outros países.
A mostra paralela do dia 13 apresenta seis filmes. Os temas perpassam questões que vão das mudanças da percepção de si como no flâneur que percorre a cidade de São Paulo-SP no “Entre Gente” ou no documentário “Invólucro” que aborda as mudanças do corpo e nas relações sociais na personagem e diretora com seu primeiro filho. Temos ainda a personagem Letícia em “Blue Bird” que redescobre na fotografia novas formas de felicidade. A arte como encontro de si encontra espaço, também, em “A vida tocando” que conta a trajetória musical de Nivaldo José, sua perda da visão, suas viagens pelo país e encontros com grandes nomes do violão brasileiro. Chegando ao tema das coletividades temos as películas “Chollywood” que documenta a grande festa La Tirana, no Chile, mostrando o fervor popular cruzado com a fantasia e superstição, e “Caminhos da Política: personagens e eleitores” que busca refletir sobre as relações entre candidatos e eleitores na política brasileira contemporânea. Em suma, estaremos diante de temáticas tão diversas quanto comuns que marcam as pessoas, suas vidas e coletividades.
O Cartaz do festival foi inspirado na tela da Artista Plástica Arissana Pataxó, 2 lugar do prêmio PIPA 2016, e o Juri está composto por Carlos Viana da Associação de Cinema Ao Norte de Portugal; Lisabete Coradini, antropóloga, professora do PPGA e do Núcleo de Antropologia Visual da UFRN; João Martinho de Mendonça, antropólogo, professor do PPGA e coordenador do Núcleo Arandú Laboratório de Antropologia Visual; Mauro Khoury, sociólogo, professor da UFPB e editor a revista de Sociologia da Emoção; Pedro Simonard, Pós-graduação em Sociedade, Tecnologias e Políticas Públicas do Centro Universitário Tira-dentes; e Teresa Montoya, Navajo-Apache, antropóloga, [que] nesses últimos anos vem trabalhando com a mídia indígena nos Estados Unidos, com metodologias descolonizadas. É especialista em filmes Navajo e recentemente tem abordado as questões dos povos indígenas sob a seguinte perspectivas: antropologia cultural, antropologia visual, antropologia jurídica, antropologia política, antropologia museu, identidade étnica, procurando ver as questões de, de soberania, de parentesco, de desenvolvimento da comunidade, governança, de repatriamento, de propriedade intelectual.
Este festival é uma promoção e realização do Laboratório de Antropologia Visual do Programa de Pós-Graduacão em Antropologia da UFPE, produzido pela Zarabatana Produções.
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