Prazo para que Samarco assine acordo sobre danos no rio Doce é adiado mais uma vez

Acordo do Ministério Público Federal visa reparar danos da barragem do Fundão, em Mariana (MG)

Sumaia Villela, da Radioagência Nacional, no Brasil de Fato

Foi prorrogado mais uma vez o prazo para que a mineradora Samarco e as suas acionistas Vale e BHP Billiton assinem um acordo com o Ministério Público Federal para reparação de danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. O documento pode ser assinado até o dia 25 de junho deste ano. A decisão é da 12ª Vara Federal de Minas Gerais.

O prazo inicial para apresentar o acordo final era 30 de junho do ano passado. Depois foi prorrogado para outubro, passou para novembro e venceria novamente nesta sexta-feira (20). Já são quase dois anos e meio desde que o maior desastre socioambiental do país soterrou comunidades, matou 19 pessoas e contaminou o Rio Doce com 39 milhões de metros cúbicos de rejeito com minério de ferro.

Esse acordo pretende evitar a tramitação de processo judicial que pede o pagamento de indenização de R$ 155 bilhões pela Samarco e suas acionistas. Atualmente a ação está suspensa. Caso o prazo se encerre sem que as partes tenham chegado a um consenso, o processo volta a correr na Justiça.

Em janeiro do ano passado, as empresas e o MPF assinaram um Termo de Ajustamento Preliminar com as bases para a conciliação. O documento prevê a contratação de especialistas escolhidos pelo MPF e pagos pelas empresas para analisar o andamento dos 41 programas do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta firmado entre as empresas e os governos Federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo. Essas ações já estão em andamento e são realizadas pela Fundação Renova, financiada pela Samarco para executar os programas.

Edição: Redação.

Foto: Ricardo Moraes/Reuters

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