O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) mobilizou atingidos por barragens do município de Ferreira Gomes e Porto Grande, no Amapá, para uma manifestação em frente à Justiça Federal em Macapá nessa terça-feira (23 de janeiro).
No MAB
Os manifestantes cobraram celeridade no julgamento das ações movidas pelo Ministério Público Federal (MPF), relacionando a morte de peixes à construção das hidrelétricas Cachoeira Caldeirão e Ferreira Gomes, no rio Araguari, e denunciando a situação dos atingidos da zona urbana e rural do município de Porto Grande, que foram impactados pelo lago artificial da UHE Cachoeira Caldeirão, e ainda não foram reconhecidos como atingidos.
“A minha área foi atingida, o meu terreno a minha casa. Teve infiltração, perdi minha fossa e meu poço”, afirma o agricultor Adel Ferreira.
Os atingidos foram impedidos de entrar no prédio da Justiça Federal e permaneceram com a mobilização em frente ao local, mesmo com uma forte chuva. O padre Sisto Magro, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), celebrou uma missa no local.
“Estamos pedindo celeridade no julgamento da ação pois os peixes estão morrendo, os pescadores e agricultores estão passando fome e a empresa diz que não é sua responsabilidade”, afirma Moroni, da coordenação do MAB no Amapá.
—
Imagem: Reprodução do MAB