MPF vai acompanhar as investigações do assassinato de Carlos Cabral em Rio Maria (PA)

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais foi morto a tiros ontem (11), na cidade que tem um histórico sangrento de lideranças mortas por conflitos agrários

Ministério Público Federal no Pará

O Ministério Público Federal (MPF) abriu procedimento para acompanhar as investigações sobre o assassinato a tiros do sindicalista Carlos Cabral Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria, no sudeste do Pará. 

O crime aconteceu ontem (11) e o acompanhamento do MPF se iniciou com pedidos de informações às Polícia Civil e Militar em Rio Maria, à Delegacia de Conflitos Agrários em Marabá, ao Ministério Público do Estado do Pará, à Delegacia da Polícia Federal em Redenção, ao Sindicato que a vítima presidia e à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB), ao qual era filiado. 

Nos ofícios, o MPF informa a abertura do procedimento e pede informações sobre investigações, diligências e as circunstâncias do assassinato. O acompanhamento é necessário pelo histórico de violência agrária no Pará e pelos precedentes de condenações de estados nacionais pela ausência de proteção a defensores de direitos humanos. 

O município de Rio Maria tem um histórico sangrento de conflitos agrários. Carlos Cabral é o terceiro presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais a ser morto a tiros. Ele também era ex-marido de Luzia Canuto, que teve o pai, João Canuto, assassinado em 1985 e dois irmãos, José e Paulo Canuto, mortos em 1990. Em 1991, o sucessor de João Canuto no Sindicato, Expedito Ribeiro, também foi morto a tiros. 

As instituições policiais que serão questionadas como parte do procedimento têm prazo de 30 dias para enviar as informações ao MPF em Redenção, que ficará responsável pelo acompanhamento das investigações.

Arte: Ascom/MPF-PA

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