Em ocupação do escritório de Mariana (MG), atingidos pressionam fundação por auxílio financeiro emergencial, que quatro anos após rompimento ainda não chegou às famílias
No MAB
Após 17 dias de ocupação do escritório da Fundação Renova, os atingidos conseguiram uma reunião nessa quarta-feira (19) com a Renova para debater o pagamento de auxílio financeiro emergencial para garimpeiros e pescadores. A Renova disse que primeiro fará o cadastramento das categorias de atingidos em agosto. A partir do cadastramento, será debatido o que cada família deve receber. A Renova informou que deve terminar o cadastramento em novembro de 2019 – quatro anos após o crime do rompimento da barragem de Mariana.
A resposta positiva para a continuidade do cadastramento de garimpeiros e pescadores é uma conquista da luta dos atingidos, que estão 17 dias em ocupação. Os atingidos esperaram essa resposta por sete meses e agora, só depois da ocupação, conseguiram um posicionamento da Renova em relação ao direito de serem cadastrados como atingidos.
Na segunda-feira (24), a fundação enviará resposta sobre o pagamento, até a finalização do cadastro, no valor de cesta básica às famílias, que até hoje não receberam nada da Renova e se encontram em situação de vulnerabilidade.
Dentre as pautas atendidas, a Renova irá também fazer reuniões no município de Acaiaca, que nunca ocorreram até então, em um processo de reconhecimento do município como atingido. Haverá reunião sobre moradia em Barra Longa e uma visita à comunidade de Felipe dos Santos, que não era uma comunidade reconhecida como atingida pela Renova até hoje.
Os atingidos seguem ocupando o escritório da Fundação Renova em Mariana aguardando uma resposta positiva da empresa.