Terra Indígena Balaio faz oficina para validação de seu Plano de Gestão Territorial e Ambiental

Entre os dias 16 a 19 de outubro de 2019 cerca de 50 moradores da Terra Indígena se reuniram na comunidade de Jerusalém (Yá Mirim) para revisar e validar seu PGTA

Na Foirn

Organizada pela FOIRN através da Coordenadoria das Associações do Alto Rio Negro e Xié (CAIARNX), a oficina teve participação de moradores das comunidades e sítios do Balaio, Jerusalém, Parintins, Tukano e São Miguel (Rodrigo Cibele). Contou ainda com representantes do DAJIRN/FOIRN (Departamento de Jovens), Instituto Socioambiental (ISA) e ICMBio.

A programação percorreu uma revisão do documento realizando trabalhos de grupos que buscaram esclarecer questões sobre o histórico das comunidades e sítios da TI Balaio; sobre como o grupo imagina a gestão do território e; sobre como o grupo vê o futuro e as expectativas em cada tema. Houve ainda revisões sobre o mapa da TI e desenhos de mapas mentais sobre os arredores da região.

O processo de construção deste plano foi recordado por Pascoal Gonçalves Filho, coordenador da CAIARNX, que lembrou das etapas desde 2014 no curso sobre a PNGATI, o levantamento socioambiental, a revisão dos dados até as validações dos planos nas assembleias ano passado. Explicou ainda que as pesquisas para estes planos têm a ver com a nossa realidade, trazem nossas propostas e faz uma fotografia da região.

Fortalecimento local

Domingos Barreto, ex-diretor da FOIRN e liderança indígena explicou que a oficina foi organizada para olhar os pontos específicos que precisam de revisão, peneirar bem o trabalho. Disse ainda que a AINBAL e a AMIBAL são representantes, referências nesse processo que trabalham num nível local enquanto a FOIRN trabalha no nível regional. Ou seja, que o PGTA deve fortalecer essas associações locais.

Dentre as prioridades dos Grupos de Trabalho foram colocadas a reforma dos pontos críticos da BR 307, a fiscalização constante e a organização da escola.  Como afirmou José de Lima Ribeiro, tukano, “Nós povos indígenas procuramos gritar pelos nossos direitos, que muitas vezes não são ouvidos, respeitados. O grupo de instituições responsáveis devem tomar a atitude concreta de ouvir, o que nós queremos.”.

Os próximos passos envolvem assim incorporar as revisões dessa oficina fazer o lançamento do plano de gestão e, principalmente, sua divulgação e articulação com instituições atuantes nas Terras Indígenas. Como resumiu o atual presidente da AINBAL Tiago Sampaio, “Sabemos que o PGTA é uma ferramenta que vamos usar em diálogo com agentes externos e internamente, imagino que com isso vamos fortificar o que nós desejamos dentro do nosso território”, concluiu a liderança.

Imagem: Participantes da Oficina sobre o PGTA da TI Balaio (foto: Setcom/Foirn)

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