Geraizeiros no Vale do Jequitinhonha/MG paralisam atividades da empresa NoFlor

Atingidos denunciam invasão nos territórios e grilagem de terras da empresa responsável pelas monoculturas de eucalipto na região.

por Coletivo de Comunicação MAB MG

Atingidos organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) da comunidade Curralinho, na região do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, paralisaram ontem (10), véspera do dia Nacional do Cerrado, as atividades da empresa NoFlor, em Josenópolis, responsáveis pelas monoculturas de eucalipto na região. 

A ação soma na luta em defesa do território da população tradicional Geraizeira, reconhecida pela  Lei nº 21.147, de 14 de janeiro de 2014, observando o que dispõe a convenção 169 da OIT, que afirma a consulta aos povos tradicionais sobre qualquer empreendimento em seu território.  

De acordo com Aline Ruas da coordenação do MAB na região, os atingidos vêm  sofrendo violações constantes da NoFlor.  

“A empresa vem invadindo o território tomando as terras que pertence, às famílias Geraizeiras. Eles também contaminam o solo e perturbam o silêncio da comunidade com as obras e o maquinário pesado. Os povos Geraizeiros sofrem preconceitos pelas autoridades que desconhecem a identidade da comunidade, além de favorecer as ações da empresa” afirmou. 

Em luta com o povo Geraizeiro organizado no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Aline ressalta que hoje, 11 de setembro, dia Nacional do Cerrado, “é dia de defender o projeto em defesa da vida”. Em nota, o povo Geraizeiros “denuncia o projeto das grandes empresas de monocultura de eucalipto que, em uma série de violações aos direitos das comunidades tradicionais, impedem o livre acesso ao território, desmatam as terras, acabam com as nascentes, e praticam a grilagem de terras” representou. 

Defender o Cerrado é defender a vida!

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