Povo de Nordestina-BA reivindica melhoria no sistema de abastecimento hídrico do município

Na CPT-BA

Na última terça-feira (29), foi realizado um seminário na Câmara de Vereadores, no município de Nordestina-BA, com o intuito de debater as problemáticas tocante ao abastecimento hídrico da localidade. As comunidades do município sofrem e denunciam há anos com violação do direito à água, principalmente, os grupos quilombolas. Por conta desse cenário foi e executado entre os meses fevereiro e março de 2022, um diagnóstico da realidade hídrica do município, a partir de um questionário, onde foram levantadas questões relacionadas ao acesso, qualidade da água, quantidade, situação dos reservatórios, tecnologias e condições do abastecimento às famílias. 

Os dados revelaram que das 70 comunidades, apenas 18 possui água encanada e não abrange todas as famílias. O serviço de abastecimento é precário e as contas são muito altas devido ao descaso da EMBASA com essas comunidades rurais. Onde em algumas comunidades o abastecimento acontece uma vez por mês, e na maioria demora até 4 meses para cair água, lesando as famílias mais pobres com cobranças exorbitantes de serviço “prestado” pela empresa.

Durante o seminário foi deliberado que houvesse uma carta encaminhada para o poder público, á EMBASA, ao Ministério Público e a toda sociedade, que pode ser lida AQUI.

O seminário contou com mais de 200 pessoas, entre elas associações Comunitárias, Fórum das Comunidades Quilombolas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Nordestina, Associação Mandacaru e Central de Associações de Nordestinas, em parcerias com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Cansanção, Associação Regional Pró Água – ARPA, Comissão Pastoral da Terra – CPT. Que dialogam e propõe aos órgãos públicos presentes, algumas reivindicações e resolução desse problema em caráter de urgência.

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