Tania Pacheco
O site jornalístico Opera Mundi foi fundado em 2008 por Breno Altman com um objetivo declarado: divulgar notícias, reportagens especiais e análises críticas sobre os principais acontecimentos do mundo a partir de uma perspectiva brasileira e sul-americana. E é o que ele vem fazendo desde então, contando principalmente com o apoio de seus seguidores.
Ontem, Altman foi informado pelo YouTube que o canal do Opera Mundi seria parcialmente desmonetizado, em consequência de “denúncias a respeito da cobertura sobre a situação na Palestina”.
O inadmissível acontece: uma plataforma estrangeira, que tolerou (e ainda o faz) meses após meses de fake news e propagandas golpistas ao longo dos últimos anos, se considera no direito de desrespeitar a Constituição brasileira e assumir o papel de censor do nosso jornalismo. Um censor estrangeiro, repito, para quem liberdade de expressão e de opinião deve deixar de existir se a atual crise Israel/Palestina é analisada considerando os 70 anos de arbítrio, resistência e lutas na região.
Breno Altman é judeu. Mas não do tipo que apoia ‘Bibi’ e seus comparsas, em Israel e no exterior. Como ele escreveu ontem em suas redes sociais,
“Como sou judeu, um dos ataques preferidos da canalha sionista é afirmar que meus ancestrais teriam vergonha de minhas posições. Quero esclarecer que, na minha família, por parte de pai e mãe, são três gerações de judeus comunistas e antissionistas, com muita honra e firmeza.”
Abaixo, o texto e o vídeo de Altman denunciando a censura. Toda a nossa solidariedade a ele e ao Opera Mundi. E uma pergunta: até quando toleraremos o massacre midiático que nos é propagandeado, procurando impor uma concepção de mundo desumanizante, indigna e pró-fascista?
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Em defesa de Opera Mundi
Antes da apresentação do programa OUTUBRO dessa noite, 9 de outubro, no canal de Opera Mundi, fomos informados pelo YouTube que nossa monetização estava parcialmente suspensa, por denúncias a respeito de nossa cobertura sobre a situação na Palestina.
Trata-se de grave violação à liberdade de imprensa, provocada pelo alinhamento das grandes corporações de comunicação ao Estado de Israel, atiçadas pelos ataques sionistas nas redes sociais.
Recorreremos à própria plataforma para que esse decisão seja retificada, e manteremos inalterado nosso trabalho jornalístico. Jamais cederemos à pressão antidemocrática e criminosa dos inimigos dos povos e da paz: as agressões coloniais do Estado de Israel continuarão a ser noticiadas e denunciadas, por Opera Mundi e por mim.
Peço a todos e todas que continuem a se informar através de nosso site (operamundi.com.br) e de nosso canal (YouTube.com/@omundi), contribuindo financeiramente da forma que desejarem e puderem, nos ajudando a enfrentar a tentativa de censura e intimidação.
Muito obrigado.
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O Youtube deve ter desmonetizado o canal do rapaz por este ter postado uma declaração antissemita e em apoio às ações genocidas do Hamas. Ainda saiu no lucro. Por muito menos, o Monark foi banido da plataforma.