Ao tocar em nervos expostos do Brasil, filme tornou-se fato político – para o bem e o mal. Não santifica a figura do guerrilheiro, humanizando a história, mas em certas passagens resvala em clichês panfletários e do cinema de ação
Por José Geraldo Couto, no Blog do Cinema do Instituto Moreira Salles
Marighella, de Wagner Moura, tem tudo para se tornar um filme-evento, como foram, cada qual no seu momento, Central do Brasil, Cidade de Deus, Tropa de elite e Bacurau. Vale dizer: obras que, ao tocar em algum nervo exposto da sociedade, transcenderam o espaço específico do cinema e se tornaram fatos políticos e culturais. As pré-estreias realizadas até agora pelo país afora parecem confirmar essa hipótese.
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