CEPEDES: Nota de solidariedade à Escola Nacional Florestan Fernandes – ENFF

O Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul/BA – CEPEDES repudia veementemente a invasão violenta da Escola Nacional Florestan Fernandes – ENFF,  com o instrumento de repressão do Estado, comandada pelo grupo de choque que atende aos interesses do Capital, em Curitiba. A Escola Nacional Florestan Fernandes é uma Escola que atende às necessidades da classe trabalhadora de diversos Países, com parcerias com diversas Universidades do Brasil e do Mundo.

O Judiciário tem se colocado de forma parcial com a intenção clara de criminalizar os movimentos e todos e todas que se posicionam contra o projeto indecente de garantir mais valia, que tira direitos dos trabalhadores, expropria os recursos fundamentais à vida das pessoas e comunidades como a água, a terra e o ar transformando-os em mercadorias. Nesta perspectiva, a Educação crítica e independente torna-se um perigo na visão destes capitães do mato, capatazes ou administradores, na linguagem atual, dos subservientes adoradores dos interesses internacionais.

Uma das provas da parcialidade do Judiciário, e do interesse do Agronegócio, no Golpe,  representado  neste ato pelas empresas plantadoras de eucalipto e fábricas de celulose, que envolve a criminalização dos movimentos, foi estampada no Jornal o Globo, do dia 04 de novembro, com o patrocínio da Veracel Celulose, “uma empresa com extenso passivo judicial que inclui condenações por crimes ambientais, trabalhistas e fiscais” no evento da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) “em um resort cinco estrelas em Porto Seguro (BA)[1]”. Esta empresa também tem em seu currículo a grilagem de terras públicas e uso indiscriminado de agrotóxicos.

Portanto, indignado com os sucessivos ataques às bases do Estado Democrático de Direito, o CEPEDES vêm a público repudiar a invasão da ENFF e solidariza com as vítimas dessa desastrosa e irresponsável ação. O MST é responsável por retirar cerca de cinco mil famílias das periferias das cidades do Extremo Sul da Bahia, em completa pobreza, vítimas da expulsão do campo, especialmente pelas papeleiras, e colocar nas feiras livres a diversidade de alimentos que estavam escassos. E por entender que “LUTAR, NÃO É CRIME!” reafirmamos e apoiamos o direito do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) como de qualquer outro movimento de se organizarem e se manifestarem livremente.

Extremo sul da Bahia, 05 de novembro de 2016.

Nota:

[1] http://oglobo.globo.com/brasil/evento-de-luxo-de-juizes-em-resort-na-bahia-sera-pago-por-empresa-com-passivo-judicial-20409506?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar

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