Victor Jara, que foi preso, torturado, teve as duas mãos decepadas e foi fuzilado pela ditadura do general Augusto Pinochet, em 1973. Nas ruas de Santiago, milhares entoaram sua música El Derecho de Vivir en Paz
Na Fórum
A revolução popular que tem levado milhões de pessoas às ruas das cidades chilenas vem protagonizando cenas que ficarão marcadas na história. Nesta sexta-feira (25), milhares de pessoas acompanharam centas de violonistas que tocaram a música “El Derecho de Vivir en Paz”, do artista Victor Jara, que foi preso, torturado, teve as duas mãos decepadas e foi fuzilado pela ditadura do general Augusto Pinochet, em 1973.
O ato foi realizado em frente à Biblioteca Nacional, em Santiago, com centenas de violonistas tocando as canções de Jara, enquanto a multidão cantava as músicas.
El derecho de vivir en paz pic.twitter.com/ujMTz7r1fK
— Antonia Urrejola (@totonia68) October 25, 2019
Nos últimos dias, em meio ao toque de recolher determinado por Sebastián Piñera, uma cantora lírica se fez ouvir cantando a canção “El Cigarrito”, também de Victor Jara. [E também “Te recurso Amanda” – nota de Combate]
Assassinado
Victor Jara é um dos nomes mais importantes da cultura do Chile. Além de poeta, cantor e ativista político, foi professor, diretor de teatro e compositor. Lutou bravamente contra a ditadura sangrenta de Augusto Pinochet.
Após sofrer várias formas de tortura, Jara tombou crivado de 44 balas em 15 de setembro de 1973, poucos dias após o golpe militar de Pinochet. Sua morte ocorreu no Estádio Nacional, em Santiago, que depois do golpe militar foi usado como centro de detenção e tortura. Os restos mortais do cantor, cujo assassinato se converteu em um dos símbolos contra a ditadura pinochetista (1973-1990), estão no Cemitério Geral de Santiago.
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Montagem: Fórum