Durante reunião do bloco Mercosul, presidente afirmou que há visão ‘distorcida’ sobre a política ambiental brasileira.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (2), durante reunião de cúpula dos chefes de Estado do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), que o governo brasileiro busca “desfazer opiniões distorcidas” sobre a atuação do Brasil na proteção da floresta Amazônica, dos povos indígenas e mostrar as ações que vem adotando nessas áreas.
“Nosso governo dará prosseguimento ao diálogo com diferentes interlocutores para desfazer opiniões distorcidas sobre o Brasil e expor a preservação, as ações que temos tomado em favor da proteção da floresta Amazônica e do bem-estar das populações indígenas”, disse Bolsonaro.
A declaração do presidente ocorre um dia após o registro de alta das queimadas na floresta. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostram que os focos de queimadas na Amazônia no mês de junho foram maior do que nos últimos 13 anos. Com base em imagens de satélite, o Inpe registrou aumento de 19,6% nas queimadas em comparação com o mesmo mês no ano passado. Em junho de 2020, foram 2.248 focos ativos; em 2019, 1.880, um volume que não era atingido desde o ano de 2007.
Acordo com a União Europeia e Mercosul
O Brasil tem sido criticado por políticos, ativistas e organizações não-governamentais em razão da sua política ambiental, o que surge como um empecilho a acordos de livre-comércio. Nesse contexto, Bolsonaro afirmou que seu governo tentará expor as medidas adotadas para preservar a Amazônia.
“Apelo a todos os presidentes para que, como eu mesmo fiz, instruam seus negociados a fechar os textos. Atuemos com firme propósito de deixá-los prontos para assinar neste semestre”, afirmou o presidente.
Alguns países europeus vêm alegando que a posição do governo Bolsonaro com relação ao meio ambiente é um empecilho para a ratificação do acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia. No mês passado, deputados holandeses aprovaram uma moção contra a ratificação, por causa da preocupação com a situação da Amazônia, entre outros aspectos.
*Informações do site G1