Por Pedro Calvi / CDHM
Nesta segunda-feira (27), a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) pediu, ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, à procuradora regional dos Direitos do Cidadão de Pernambuco, Carolina Furtado, ao secretário de Estado de Defesa Social, Antônio Cavalcanti, e ao procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Barros, providências para esclarecer e investigar a suposta existência de uma lista de “marcados para morrer” que circularia na região da Mata Sul do estado. O presidente da CDHM recebeu a denúncia, feita pelo Núcleo Agrário da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados e Comissão Pastoral da Terra.
Segundo a denúncia, os nomes de dez agricultores da comunidade de Engenho Fervedouro e de comunidade vizinhas, no município de Jaqueira, estariam na lista. As agressões se tornaram públicas depois da tentativa de assassinato do agricultor Edeilson Alexandre Fernandes da Silva, que foi atingido por sete tiros no último dia 16. O trabalhador foi atingido nas mãos, costas e nádegas e está internado em um hospital da região.
A Comissão Pastoral da Terra informa que os conflitos agrários e o clima tensão na região de Jaqueira já foram levados à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado, à Procuradoria-Geral de Pernambuco, aos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho (MPT), ao Incra, à Prefeitura Municipal de Jaqueira, à Câmara de Vereadores de Jaqueira, à Diocese de Palmares e para deputados estaduais. A CPT alertou sobre atitudes abusivas e ilegais da empresa Agropecuária Mata Sul S/A.
“A situação é grave e queremos a investigação das denúncias de ameaça ou violação de direitos humanos, além da fiscalização e acompanhamento dos programas governamentais de proteção à esses dos direitos”, afirma o presidente da CDHM, Helder Salomão.
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Foto: CPT
