Ações de solidariedade marcam a passagem do Dia do(a) Trabalhador(a) Rural e da Agricultura Familiar

CPT

Com a doação de mais de 54 toneladas de alimentos, comunidades demonstram a importância da agricultura camponesa para alimentar quem mais precisa. As últimas semanas foram marcadas por diversas ações de solidariedade realizadas em alusão ao Dia do(a) Trabalhador(a) Rural e ao Dia Mundial da Agricultura Familiar, celebrados em 25 de julho. Para demonstrar a importância dos homens e das mulheres do campo, comunidades apoiadas pela CPT doaram mais de 54 toneladas de alimentos para populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica. As ações ocorreram nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, que integram o Regional Nordeste 2 da Pastoral. 

A CPT NE2 e as comunidades apoiadas intensificaram suas ações de solidariedade desde o início da pandemia da Covid-19, mas o gesto ocorrido no mês que marca o Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais tem um significado especial. “Para a CPT, este gesto foi importante por dois motivos. Um deles é que a partilha alimenta a nossa alma, como fala o Papa Francisco. O outro motivo é que a entrega dos produtos vindos da terra fortalece a autoestima dos agricultores e das agricultoras, afirma a real necessidade da Reforma Agrária como política de geração de trabalho, de democratização da terra, de produção de alimentos e de garantia da soberania alimentar neste tempo marcado pelo desemprego e pelo crescimento da fome e do empobrecimento da população”, destaca Tânia Maria, da coordenação da CPT Nordeste 2.

Quem recebeu os alimentos agradece. “Essa importante doação chega num momento em que a cidade passa fome, e o campo, com solidariedade de classe, passa os alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, para salvar a vida do povo que está na cidade. Essa articulação entre o campo e a cidade nesses momentos de crise econômica faz toda diferença”, ressalta Samuel Drummond, educador popular que integra o Comitê dos povos das Lagoas e o Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), em Alagoas.

Confira as ações nos estados:

Em Alagoas, entre os dias 11 e 13 de agosto, nove diferentes organizações sociais receberam aproximadamente sete toneladas de produtos agroecológicos vindos de comunidades de acampamentos e assentamentos da luta pela terra no Litoral, Zona da Mata e Sertão. No total, 395 cestas camponesas foram doadas. Na capital, as cestas foram entregues ao Comitê dos Povos das Lagoas, à Paróquia Imaculada Conceição, à Comunidade Irmã Dulce dos Pobres, à organização espírita Nosso Lar, à Igreja Batista da Grota da Alegria, ao Terreiro Abassá de Angola Ota Balé e à Cozinha Solidária do Movimento dos(as) Trabalhadores(as) Sem Teto (MTST).

Em Marechal Deodoro, o Centro de Formação Santa Rosa de Lima recebeu os alimentos para ajudar os meninos e meninas em situação de rua acolhidos pela instituição. Já em Rio Largo, a Área Pastoral Nossa Senhora de Fátima ficou responsável pela distribuição das cestas camponesas a famílias em situação de vulnerabilidade.

Trabalhadores Sem Terra em Alagoas. Foto: Gustavo Marinho/ MST em AL.

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