Roda de Conversa discute saúde e justiça ambiental nas comunidades quilombolas

Por Mario Ferreira, da Cedipa, na AFN

Na próxima quinta-feira, 6 de novembro, a Fiocruz promove a roda de conversa “Comunidades quilombolas, saúde e justiça ambiental”, que será realizada de forma on-line, com transmissão pela plataforma Zoom, as 10h às 12h. A iniciativa é da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa/Fiocruz), com apoio da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça.

O encontro pretende discutir as interseções entre saúde e justiça ambiental a partir das experiências e lutas de comunidades quilombolas em diferentes regiões do país. A proposta é refletir sobre os impactos históricos do racismo ambiental, os desafios na garantia do direito à saúde e as estratégias de resistência que emergem desses territórios.

A roda de conversa contará com a participação da assessora do Ministério da Saúde e pesquisadora em Saúde da População Quilombola , Emily Karle Conceição; da educadora e presidente fundadora da associação do Quilombo Urbano Ferreira Diniz, Érida Ferreira; e da Tecnologista em Saúde Pública e pesquisadora em Saúde da Fiocruz Piauí, Elaine Nascimento. A mediação será feita pela doutora em Serviço Social e integrante da Cedipa/Fiocruz, Roseli Rocha.

Para Roseli Rocha, discutir a saúde quilombola no âmbito institucional é fundamental para fortalecer o compromisso da Fiocruz com a equidade racial e territorial. “A roda de conversa é um espaço de reflexão e diálogo para compreender como as desigualdades socioambientais afetam diretamente a saúde dessas populações. Trazer esse debate para dentro da instituição é um passo importante para a formação antirracista na saúde, para implementação de políticas públicas e ações de pesquisa que considerem a diversidade dos saberes e modos de vida e as demandas reais das comunidades”, afirma.

O encontro se insere em um conjunto de ações voltadas à promoção da equidade e da diversidade no campo da saúde no Novembro Negro, aproximando a Fiocruz das agendas históricas de luta das populações quilombolas e de outras comunidades tradicionais. “Quando falamos de justiça ambiental, falamos também de racismo ambiental, de direito à terra, à água, à alimentação e à dignidade. É essencial que esses temas estejam presentes nas discussões sobre saúde pública e ciência”, destaca, Roseli.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.

quatro + 3 =