As 34 organizações, do campo e da cidade, que compõem o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), manifestam sua preocupação e vêm a público denunciar as ameaças e intimidações sofridas à Comitiva da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), autoridades brasileiras, lideranças indígenas, defensoras e defensores de direitos humanos e representantes de organizações da sociedade civil, nesta quinta-feira (08), em Santarém (PA).
Mesmo com proteção policial, a Comitiva foi seguida até o território indígena do Açaizal, localizado no Planalto santareno, por duas caminhonetes que transportavam sojeiros conhecidos na região. Na chegada ao território, os ocupantes das caminhonetes insistiram em participar da reunião, agendada apenas com as lideranças indígenas. Proferiram discursos racistas e violentos contra os presentes e tentaram, ainda, identificar as placas dos carros, veículos e vans que levaram os participantes da reunião até o território, em uma atitude clara de intimidação. Somente após serem interpelados pela polícia deixaram o local.
As organizações do Comitê repudiam essas atitudes, assim como a violência contra os indígenas do território do baixo Tapajós e em todo o país, considerando a escalada de violência contra essas populações nos últimos anos e que, somente na última terça-feira (06), fez duas vítimas: o assassinato do líder indígena Reinaldo Silva Pataxó, morto a tiros na aldeia Catarina Caramuru Paraguassú, em Pau Brasil (BA), e o atentado a tiros contra o indígena Donecildo Agueiro, Avá-Guarani, do território Tekoha Tatury, em Guaraí (PR).
Exigimos também que o Estado brasileiro garanta condições de segurança para que todas as agendas previstas na visita oficial da CIDH ao Brasil, que encerra no dia 12 de novembro, ocorram sem mais incidentes. Avaliamos ser de extrema importância que, nesse momento de crescente violência contra defensoras e defensores de direitos humanos, as organizações internacionais possam cumprir com seu papel de investigar as inúmeras violações de direitos que ocorrem no país.
Não nos calaremos!
–
Leia também:
Produtores de soja agem com truculência e tentam impedir comissariado de realizar reunião com comunidade indígena durante visita da CIDH a Santarém (PA)
Nota de Repúdio do Ministério Público do Estado do Pará às tentativas de intimidação à comitiva da CIDH
–
Foto: CBDDH
O eminente antropólogo (expulso da maior e mais importante associação da antropologia do país) , ao constatar, nas suas palavras, que “o ambiente estava repleto de ongueiros, militantes e indivíduos promotores da fraude étnica” já se desqualifica no próprio texto. Repudiado não só no campo da antropologia brasileira, mas no movimento indígena de modo geral, este senhor é conhecido como “o antropólogo dos ruralistas”. Não fosse pelas bênçãos da Massey Fergunson, Monsanto e MBL (ok, não estou denunciando as empresas, apenas utilizando uma figura de linguagem pra dar a entender a quem ele deve obediência), não passaria de um antropólogo mequetrefe, sem nenhuma expressão, que faz uma confusão teórica infantil com questões identitárias e distorções de discursos do movimento indígena para contemplar o ponto de vista dos seus patrões. Parabéns, à excelente matéria do Combate Racismo Ambiental, esse sim, um instrumento sério e respeitável de luta dos povos!
Olá Bom dia Prezados. Estive presente nesta reunião com o Comissário Francisco José E. Praeli e não é verdade este relato aqui publicado, pois NÃO foi isto que aconteceu na manhã de ontem, 08 de novembro de 2018. Testemunhei todos os eventos e em nenhum momento houve tentativa de intimidação da CIDH ou a expulsão do mesmo da comunidade não-indígena do Açaizal. O que se queria era realmente participar de uma reunião que se entende democrática.
O que aconteceu foi que dois produtores estavam acompanhados pelo antropólogo Edward M. Luz para solicitar e tentar de alguma forma participar desta importante reunião para ouvir, aprender e também poder falar algumas poucas mas importantes verdades sobre a região.
Infelizmente, nossa presença na comunidade provocou reações hostis à nossa presença, já que o ambiente estava repleto de ongueiros, militantes e indivíduos promotores da fraude étnica. Uma lástima já que acredito muito na possibilidade do diálogo democrático.
Como já era esperado, o desespero esquizofrênico da militância indigenista nos acusa agora de temos tentado “intimidar e ameaçar” a CIDH durante uma visita à comunidade de Açaizal, cuja parcela da população e liderança patrocinam a fraude étnica do “Território Munduruku do Planalto”, em Santarém (PA).
Foi a Comissão Pastoral da Terra (CPT) uma das principais responsáveis pela fraude étnica no Planalto Santareno, que veio com a narrativa esdrúxula e estapafúrdia, que tentava atribuir à dizer que “produtores de soja da região tentaram impedir a realização da reunião” com os comunitários de Açaizal que se declaram “indígenas”.
A verdade que transparece portanto é que este esquema falido e contestado de manipulação identitária promovida pela CPT, CIMI e outras ONGs ambientalistas da esquerda santarena expõe ao vexame a Comissão Interamericana de Direitos Humanos que, enganada, visita comunidade mestiça tapajônica brasileira como se fosse “grupo indígena Munduruku do Planalto”, ou De como mentiras com pernas mais longas afeta a imagem das pessoas e das bandeiras mais nobres e honradas como a defesa dos povos indígenas no Brasil.
Eis um primeiro resumo dos motivos que levaram a esta situação de vexame vivenciada pela CIDH: a frágil mentira identitária,ou seja, o esquema falido e contestado de manipulação identitária promovida por organizações da esquerda católica CPT, CIMI e outras ONGs ambientalistas da esquerda santarena está chegando perto do seu fim, porque sabe que a sociedade santarena despertou e acordou para esta fraude e um novo governo eleito virá com a promessa e acabar com esta farra das ONGs socioambientais. Os ONGueiros estão apavorados sabendo que pouco tempo resta para o desmascaramento público e final de sua fraudulenta reengenharia social etnicizante.
Ass. Edward M. Luz. Antropólogo Social