Por Zilah de Mattos, da Comissão Pastoral da Terra
No dia 28 de Novembro de 2015, as famílias quilombolas das comunidades de Limeira, Vista Alegre e Boa Vistinha, conhecidos como os Nativos do Arapuim dos municípios de Verdelândia e São João da Ponte, retomaram pela terceira vez a Fazenda da Torta (Morro Preto), o seu território perdido.
Em Janeiro de 2014 no mesmo local estas famílias sofreram a tentativa de um massacre e foram violentamente espancadas, torturadas e expulsas. Em consequência desta ação após alguns meses veio a falecer uma de suas lideranças.
Ao completar um mês no Novo Acampamento, no final de dezembro, as famílias receberam a visita de solidariedade de seus irmãos do Quilombo de Praia, município de Matias Cardoso. Foram dois dias de muita alegria, animado com o som dos Tambores, batuques e reflexões. Ao som dos instrumentos e debaixo do sol escaldante, o encontro foi marcado por uma grande caminhada pelo território, visitando, reconhecendo e celebrando nos locais onde ainda permanece viva a lembrança e os sinais de vida de seus antepassados.
Em um dos cemitérios onde foram homenageados e lembrados seus parentes que foram sepultados ali há setenta anos, e foi fincada uma Cruz como sinal do símbolo da resistência de seu Povo. Prosseguindo com a caminhada pelo território outra cruz foi fincada no local onde as famílias em 2014 sofreram a tentativa do Massacre e estão acampadas novamente.
Vocês já contataram a CPT, suponho…
Esses dias para nos do QUILOMBO PRAI, tem sido de muitas expectativa, estamos sendo coagido pela própria justiça a sair de nosso território. Os que dizem ser protetores da constituição CURADORES DAS COISA PUBLICAS ,fere seu princípios na aplicação da mesma ,menosprezando o direito constitucional. No dia vinte e oito do mês de Janeiro sem sermos notificados legalmente ,tivemos uma reunião de notificação de*despejo* reintegração de ‘ posse’ ? So nos resta contamos com urgência de nossos parceiros de luta na manutenção de nossas conquistas ,e que os operadores do direito desse nosso Pais, tenha a dignidade do exercício do mesmo.