MAB denuncia impunidade do crime de Mariana no FSM 2016, no Canadá

No MAB

O Fórum Social Mundial (FSM) é um espaço importante para construir a unidade dos Movimentos sociais a nível mundial – os que lutam por justiça social, econômica, cultural e política.

Ativistas do mundo inteiro estão em Montreal, no Canadá, desde terça-feira (9), para participar da 12ª edição do Fórum Social Mundial (FSM). O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) está participando da atividade na busca de construir convergências entre as organizações para superar a crise social em que nos encontramos no capitalismo, sob o lema do evento: “Outro mundo é necessário, juntos é possível”.

Ao longo dessa semana o MAB está participando de mesas de convergência com o objetivo de denunciar o crime socioambiental que ocorreu em Mariana (MG), do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco (Vale/BHP Billiton) e a violação dos direitos humanos dos atingidos por barragens no Brasil.

Foi organizada no local do fórum, uma exposição fotográfica com 41 fotos de fotógrafos parceiros do movimento que estiveram registrando ao longo da Bacia do rio Doce, a luta e organização das famílias atingidas pela lama da Samarco. O objetivo da exposição é fazer a denuncia internacional da impunidade do crime de Mariana a partir das imagens.

De acordo com Yara Naí militante do MAB, o Fórum Social Mundial é um canal de dialogo e troca de experiências entre os atingidos. “Participamos da mesa de convergência com atingidos pelo rompimento da barragem de Mount Polley, no norte do Canadá, criando diálogos sobre a atuação das empresas mineradoras canadenses em outros países, como a Belo Sun, na Amazônia Brasileira, e também da transnacional brasileira Vale do Rio Doce, com atuação no Canadá”.

Na tarde de hoje (12), o MAB participa do espaço de diálogo sobre soberania popular, promovido pela Campanha internacional “Stop Corporate Impunity”, apresentando a categoria jurídica de Direitos dos Afetados, como uma proposta popular para enfrentar a arquitetura de impunidade das transnacionais.

Ainda está previsto para acontecer durante os fins de tarde do evento, espaços de convergência sobre a democracia brasileira, que visa congregar brasileiros presentes com estrangeiros na construção de uma agenda de enfrentamento ao golpe.

Mesmo com o público reduzido a expectativa do MAB com construção de agendas contra hegemônicas é grande. “Nesta edição do Fórum Social Mundial o número de participantes é menor que a expectativa devido aos mais de 200 vistos negados pelo governo canadense, inclusive de membros do MAB, mas mesmo assim os debates e nossa participação estão tendo um acumulo politico”, diz a militante.

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