Nesta quinta-feira, 18 de setembro, 400 pessoas estiveram reunidas em um Ato Público em defesa do Rio São Francisco, na cidade de Pirapora (MG). O ato reuniu vazanteiros, comunidades pesqueiras, geraiseiros, quilombolas, indígenas, estudantes, moradores da cidade, assentados e sem terras, que denunciaram a grave situação da Bacia do rio, que está com o nível de água mais baixo já visto.
O encontro contou com representantes de diferentes municípios desde Três Marias até localidades mineiras próximas ao estado da Bahia. Os diversos povos reunidos levaram suas bandeiras de lutas, faixas e cartazes denunciando os diversos inimigos do rio e reivindicando ações concretas das autoridades competentes.
Os manifestantes apontam que a grave seca não é apenas em função da pouca chuva, mas porque empresas do agronegócio e grandes indústrias usam grandes quantidades de água da Bacia para seus lucros. Dizem ainda que este modelo exige cada vez maiores volumes de água e de outros bens naturais sem preocupação com as consequências atuais e para as próximas gerações.
Representação junto ao MPF
Paralelo ao Ato em Pirapora, foi preparada pela Articulação São Francisco Vivo uma Representação para ser entregue ao Ministério Público Federal exigindo Moratória para o Rio com a suspensão de novos licenciamentos e outorgas de águas para grandes e médios projetos e a revisão dos já concedidos.
A representação será assinada pelas entidades locais ligadas à Articulação e entregue aos Ministérios Públicos dos Estados da Bacia do Rio São Francisco.
O documento tem como base o Manifesto Moratória São Francisco Vivo, publicado pela Articulação no dia 27 de agosto de 2014, que aponta os problemas registrados nas quatro regiões da Bacia.
–
Combate Racismo Ambiental por Ruben Siqueira.
