Investigações jornalísticas e iniciativas de organizações esquentam debates, mas ações ainda são insuficientes
Por Rafael Oliveira | Edição: Mariama Correia | Colaboração: Guilherme Cavalcanti, em Agência Pública
Em 19 de novembro de 1993, um grupo de 12 ativistas negros, entre homens e mulheres, a maioria estudantes da Universidade de São Paulo (USP), fez um protesto. Eles almoçaram do bom e do melhor no Maksoud Plaza, hotel cinco estrelas que tinha, à época, um dos restaurantes mais caros de São Paulo (SP). Mas, quando a conta vultosa chegou, os manifestantes disseram que os valores podiam ser “pendurados” na dívida histórica que o país tinha com a população negra. O calote protesto foi uma forma de captar os olhares da imprensa e da opinião pública, às vésperas do Dia da Consciência Negra e do aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, para a pauta da reparação pela escravidão. (mais…)