Continuam forçando a militarização da Funai, além disso a corte radical orçamentário mostra a intensão de desmonte e sufocamento do órgão e das ações indigenistas.
A portaria 1.907/16 do Ministério da Saúde, desta semana, que tira autonomia da SESAI e sucessivamente dos distritos, é sem dúvida a tal “municipalização da Saúde Indígena” que em outro momento de mobilização dos Povos Indígenas o governo mentiu para nós dizendo que não iria acontecer isso.
Sim, podemos afirmar que o golpe que estão armando contra os Povos Indígenas é real e intencional.
Infelizmente, alguns parentes “isoladamente organizados” estão acreditando que sair na defesa do general para assumir a Funai é uma “força indígena”. Não percebem que o governo está usando deles legitimar suas barganhas e usurpação dos nossos direitos e avanços da política indigenista.
A reação deve ser unânime contra este golpe na Funai e na SESAI e não deixar que desmobilizem e desarticulem o movimento e as organizações legitimamente indígenas com essas mentiras estratégicas.
Esses golpistas não estão olhando para nossa história de luta e conquista, entre essas, a constitucional, apenas para o propósito neodesenvolvimenta desse governo.
Supressão e retrocessos de direitos é o “projeto de calamidade social” dessa atual conjuntura.
O papel da Apib e suas organizações de base, entre elas a Arpinsul é intermediar o diálogo do movimento e suas lideranças com as instâncias políticas, organizar e promover as estratégias de luta e resistência sócio política do movimento indígena, defender incondicionalmente os direitos indígenas e promover o etnodesenvolvimento.
Nesta ocasião, esta organização de forma consciente e concomitante com as organizações indígenas parceiras manifestamos nossa disponibilidade de agir e reagir contra esses e qualquer outro golpe e retrocesso que atingir ou afligir nossos Povos.
Continuamos firmes com nossa posição alheia a esta conjuntura política e suas sequências tentativas de acabar com a Funai, com a Sesai, de suprimir os avanços na Educação e outros diversos direitos sociais.
Somos absolutamente contra:
– a militarização da Funai;
– a recolonização religiosa dos Povos Indígenas;
– os cortes e reduções orçamentárias para ações indigenistas;
– a portaria 1.907/16 do Ministério da Saúde;
– a municipalização da saúde indígena.
Arpinsul, 21 de outubro de 2016.
Não devemos em momento nenhum baixar a cabeça pois eles já vinham planejando isso a muito tempo sempre mal intencionados para conosco povos indígenas temos que tomar uma posição firme e mostra que eles não podem usar e abusar continuamente vamos recorrer instâncias internacionais