Evento em Belém debate impactos e riscos das barragens de mineração na Amazônia

Quais os impactos ambientais e os riscos das barragens de rejeito de mineração na Amazônia? Essas são as questões em pauta no evento que discutirá o caso da exploração de bauxita em Oriximiná, no interior do Pará. O evento promovido pela Comissão Pró-Índio de São Paulo e a Defensoria Pública do Estado do Pará acontece em Belém no dia 21 de novembro.

A Mineração Rio do Norte, em Oriximiná, é a quarta mineradora em número de barragens no Brasil, segundo a Agência Nacional de Águas. São 23 barragens instaladas em plena floresta amazônica.

Há mais uma barragem em construção e outras nove estão previstas para armazenar os rejeitos da maior produtora de bauxita do Brasil que tem como acionistas a Vale, South32, Rio Tinto Alcan, Companhia Brasileira de Alumínio, Alcoa e Hydro.

Uma das barragens encontra-se a apenas 400 metros do Quilombo Boa Vista. Mesmo assim, a legislação não exige e não existe um plano de emergência que oriente a população no caso de rompimento da estrutura.

Tão pouco as comunidades ribeirinhas Boa Nova e Saracá, localizadas a jusante das barragens TP1 e TP2 classificadas como de alto dano potencial associado, foram preparadas para enfrentar situações de emergência.

O evento, aberto ao público, tem por objetivo ampliar o conhecimento e o debate sobre as barragens de rejeito de mineração na Amazônia a partir da discussão do caso de Oriximiná.

O debate contará com a presença de lideranças de comunidades situadas a jusante das barragens bem como de pesquisadores.

Palestrantes:

Aildo Viana dos Santos, coordenador da Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Boa Vista.

Aluízio Silvério dos Santos, coordenador da Associação Quilombola Mãe Domingas.

João Carlos Ribeiro Cruz, professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará.

Jones Gonçalves da Luz, coordenador da Comunidade Ribeirinha Boa Nova.

Luiz Jardim de Moraes Wanderley, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Moderadoras:

Andréia Macedo Barreto, defensora pública do Estado do Pará

Lúcia M. M. de Andrade, coordenadora executiva da Comissão Pró-Índio de São Paulo.

Quando: 21.11.2016

Horário: das 14 às 17 horas

Local: Auditório da Defensoria Pública – Rua Padre Prudêncio nº 154, Belém, Pará.

Evento aberto ao público e gratuito.

Acesse: página facebook do evento.

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