Tribunal Popular: Samarco/Vale/BHP, governos estadual de Minas Gerais e governo federal serão julgados pelo rompimento das barragens de Santarém e Fundão

Um Tribunal Popular para julgar os crimes da Samarco/Vale/BHP pelo rompimento das barragens de Santarém e Fundão acontece neste 1º de abril em Belo Horizonte

Nesta sexta-feira, 1º de abril, a CSP-Conlutas e o Espaço de Unidade de Ação realizam um Tribunal Popular como parte da campanha de responsabilização da Samarco/Vale/BHP, pelo rompimento das barragens de Santarém e Fundão. Essa atividade também faz parte do dia nacional de lutas em 1º de abril convocado por diversas entidades que não compõem o setor governista (PT) nem a oposição de direita (PSDB, PMDB, DEM e outros), defendendo, assim, um bloco alternativo classista organizado nas mobilizações dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre.

Crime de grandes proporções – O crime cometido naquela região foi de grandes proporções, com 19 mortes, destruição de povoados, rios, fauna e flora de três estados – Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.

Multas foram aplicadas, mas as empresas recorreram e o que temos diante de tal crime é a impunidade dessas empresas. Tudo porque a Vale é uma das grandes doadoras de campanha para os partidos PT, PSDB e PMDB, o que permite que as efetivas punições não avancem. Chegou-se ao ponto de as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton e os poderes públicos federal e estaduais firmarem um acordo que encerra a ação civil pública que está sendo movida contra as empresas pelas violações de direitos humanos, sociais e ambientais decorrentes do rompimento das barragens. Além disso, as empresas são quem devem decidir quais as famílias atingidas deverão ser indenizadas e em quanto, e quem não ficar satisfeito com a indenização terá de entrar na justiça.

O Tribunal Popular  – “Não foi acidente”, afirmam as entidades convocantes da sessão do Tribunal.

Para a realização da sessão, será montado um palanque na Praça Sete, centro da capital mineira, ao lado do Cine Teatro Brasil, às 18h30. No Banco dos réus estarão a Samarco/Vale/BHP, os governos de Antônio Anastasia e de Fernando Pimentel do Estado de Minas Gerais e o governo federal, responsáveis por tal crime.

 Esta atividade é parte de uma campanha nacional e internacional e contará com a presença de delegações do estado, do Brasil e de outros países.

Exigimos:

  1. Estabilidade no emprego para todos os trabalhadores;
  2. Indenização justa a todas as famílias atingidas;
  3. Reconstrução imediata do distrito de Bento Rodrigues;
  4. Recuperação de toda bacia do rio doce;
  5. Estatização sob o controle dos trabalhadores e das comunidades atingidas;
  6. Responsabilização da Samarco, Vale, BHP e do governo estadual atual e anterior e governo federal, pelo crime social, econômico, trabalhista e ambiental causado pelo rompimento da barragem.

Serviço:

Tribunal Popular

Dia 1º de abril, às 18h30.

Praça Sete, ao lado do Cine Teatro Brasil – Centro de Belo Horizonte (MG)

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Maria Thereza.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.

quinze − 3 =